terça-feira, 25 de novembro de 2008

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Às vezes tenho a impressão de que a angústia é uma roupa apertada.
Como se eu não me coubesse mais.
- Essa vida aqui está apertada! - alguém grita lá de dentro com fúria - Essa vida não combina mais comigo; é roupagem endurecida, está me fazendo vergar, e eu não quero!

Fiz bombas, quando queria falar de amor. As palavras ali amontoadas, envelhecendo junto comigo.

Assim vai a vida, enquanto fumo cigarros na rua Itaipava.
E embora seja terrivelmente claustrofóbico, não é um mau cenário. Mesmo para quem sonha com terraços e estrelas, sol e árvores pela manhã, camisola branca e pés descalços.

2 comentários:

Gustavo disse...

Trabalho no correio braziliense, fiz um curto texto sobre seu livro "Como montar uma mulher-bomba", interessante o livro, mas ao mesmo tempo triste essa forma de encarar o amor como uma competição.


www.cineasta81.wordpress.com
www.culatra.wordpress.com

Abraços

Gustavo disse...

Engraçado é que eu estava falando ontem mesmo sobre nirvana em um blog que abrí recentemente, e foi justamente isso que me chamou atenção no seu livro, você fala da incapacidade masculina de alcançar o satori, porque ele nunca está satisfeito.